Conteúdo impresso terá periodicidade regularizada e será distribuído gratuitamente ao público após o encerramento do período de vedação eleitoral
BELO HORIZONTE [ ABN NEWS ] — Um dos mais respeitados e tradicionais periódicos brasileiros, o Suplemento Literário de Minas Gerais (SLMG) voltará a ter edições impressas neste ano. A nova edição em papel será lançada em novembro e é preparada pelo Conselho Editorial do caderno, em Comemoração ao Centenário da Semana de Arte Moderna, celebrado ao longo de 2022. Todo o material será distribuído gratuitamente para o público e instituições.
A partir de novembro, o SLMG voltará a ter as tiragens regularizadas com oito edições ao ano, sendo seis bimestrais e duas especiais, impressas semestralmente. Além disso, uma versão digital do suplemento comemorativo dos 100 anos da Semana de 22 estará disponível para consulta no website da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, em novembro. O caderno de literatura é coordenado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), por meio da Biblioteca Estadual, e conta a diversidade da cultura brasileira há quase 60 anos.
A Secult também providencia a impressão de três edições especiais que foram disponibilizadas em formato digital no ano de 2020. As publicações são homenagens aos escritores Sebastião Nunes, Rui Mourão e Adão Ventura, importantes nomes da literatura e que tiveram suas trajetórias evidenciadas nas páginas do Suplemento Literário de Minas Gerais.
Para manter viva a memória do Suplemento Literário, bem como relembrar grandes entrevistas feitas ao longo dessas quase seis décadas de história, a equipe da Biblioteca Estadual preparou, para as redes sociais do equipamento, a série #TBTSuplemento. Os conteúdos são disponibilizados sempre às quintas-feiras no perfil @bibliotecaestadualmg, com publicações históricas do SLMG.
Minas Gerais: 300 anos
Em dezembro de 2020, foi publicada uma edição impressa em comemoração aos 300 anos de Minas Gerais. O conteúdo foi distribuído a diversas instituições, bem como para o público, que teve acesso a um conteúdo exclusivo, narrando a trajetória mineira em diferentes momentos da literatura. O número, que comemorou o tricentenário do estado, está disponível no endereço do site da Biblioteca Estadual.
Em 2022, em função das restrições eleitorais estabelecidas pela Resolução Conjunta Segov-SecGeral-AGE nº 01, de 5/1/2022, há uma série de vedações a serem cumpridas pela administração pública, o que inviabiliza novas publicações do Suplemento Literário, já que em 2021, ano anterior às eleições, não houve edições impressas do caderno.
Suplemento Literário de Minas Gerais
Em 1966, o então governador de Minas Gerais, Israel Pinheiro, decidiu criar um periódico semanal que elevasse a produção literária de Minas Gerais. A convite do chefe do executivo, o escritor Murilo Rubião concebeu um caderno que era publicado no Diário Oficial do Estado, o Minas Gerais, e distribuído gratuitamente.
O periódico traz reportagens, entrevistas, ensaios, críticas, poesia e depoimentos. E, desde a primeira edição, em 1966, o SLMG ficou marcado pela diversidade. Ao longo de todas estas décadas, o jornal se revelou um veículo aberto, recebendo trabalhos de autores de outros estados e países.
Auxiliado por uma comissão editorial, Murilo Rubião manteve-se à frente da publicação até o fim dos anos 1960. Depois dele, vários nomes passaram pela função de editar o SLMG, dentre eles Angelo Oswaldo de Araújo Santos, Rui Mourão, Ayres da Mata Machado Filho, Wilson Castelo Branco, Mário Garcia de Paiva, Duílio Gomes e Paschoal Motta. Atualmente, o SLMG é dirigido por Jaime Prado Gouvêa.
História do Suplemento Literário de Minas Gerais
O Suplemento Literário de Minas Gerais (SLMG) foi criado em 1966 e segue como um dos mais respeitados periódicos do gênero no Brasil. Integrado à Superintendência de Bibliotecas Públicas e Suplemento Literário, o jornal tem periodicidade bimestral, com seis edições ao ano, e dois especiais semestrais, totalizando oito edições do SLMG por ano.
Em meados dos anos 1960, Minas Gerais era ainda um Estado com pouca expressão em relação à divulgação de seus escritores. A maioria deles se mudara para São Paulo e Rio de Janeiro, o eixo com maior expansão cultural daquela época. Com pouca verba e material para publicação, muitas tentativas de se implantar uma revista ou um caderno de literatura não conseguiam se manter.
Foi então que o governador Israel Pinheiro decidiu criar um suplemento que acompanhasse o “Diário Oficial do Estado”, o Minas Gerais, distribuído gratuitamente por todo o Estado. A tarefa de criar o periódico foi dada ao escritor Murilo Rubião. Ele concebeu oSuplemento Literário, então de tiragem semanal, e fez dele um jornal que abrigava textos de literatura, cinema, artes plásticas, teatro e música. O periódico trazia reportagens, entrevistas, ensaios, críticas, poesia e depoimentos.
A diversidade é a principal característica do Suplemento desde seu primeiro número. Ao longo de todas estas décadas, o jornal se revelou um veículo aberto, recebendo trabalhos de autores de outros Estados e países.
Auxiliado por uma comissão editorial, Murilo Rubião manteve-se à frente da publicação até o fim dos anos 1960. Depois dele, vários nomes passaram pela função de editar o SLMG, dentre eles Angelo Oswaldo de Araújo Santos, Rui Mourão, Ayres da Mata Machado Filho, Wilson Castelo Branco, Mário Garcia de Paiva, Duílio Gomes e Paschoal Motta.
Compondo comissões editoriais ou atuando como redatores, destacaram-se à frente do Suplemento nomes como Laís Corrêa de Araújo, Adão Ventura, Jaime Prado Gouvêa, Antônio Barreto, José Márcio Penido e Carlos Roberto Pellegrino.
Ao ser incorporado à Secretaria de Estado de Cultura, adotou-se o sistema de um editor e um Conselho Editorial, formado por intelectuais de reconhecimento público e nomeado pelo Governador do Estado. Nessa nova etapa, editaram o SLMG os nomes Carlos Ávila (1995-1998), Anelito de Oliveira (1999-2003), Fabrício Marques (2004) e Camila Diniz (2005-2008).
Desde 2009, o diretor do SLMG é Jaime Prado Gouvêa. O conselho editorial é formado por Eneida Maria de Souza, Humberto Werneck, Sebastião Nunes, Carlos Wolney Soares e Fabrício Marques. A redação conta com uma equipe de apoio e dois coordenadores: um coordenador de apoio técnico, responsável por executar as tarefas de edição, e um coordenador de promoção e articulação literária, responsável por organizar o Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura.