Minas Gerais Ganha Rotas Diretas com Buenos Aires e Santiago e Quadriplica Número de Voos Internacionais em 2023

O voo de estreia para Santiago acontecerá no dia 1/11 e o trecho BH-Buenos Aires começará a partir de 16/12/2023

Aeroporto Internacional Confins Minas Gerais

 

BELO HORIZONTE [ ABN NEWS ] — Minas Gerais quadriplicou o número de voos internacionais diretos em 2023. Os mais recentes destinos sem escalas são Buenos Aires (Argentina), operado pela Gol, e Santiago (Chile), da Latam, ambos saindo do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (BH Airport).

O voo de estreia para Santiago será no dia 1/11. A rota da Latam será operada regularmente, três vezes por semana, tendo capacidade para trazer 27 mil viajantes por ano do Chile para Minas Gerais. Já o trecho BH-Buenos Aires começará a partir de 16/12. Em um primeiro momento, a rota da Gol será sazonal, com voos até fevereiro de 2024. A ideia é aproveitar a alta temporada de verão para permitir que os argentinos cheguem com mais comodidade a Minas Gerais, e vice-versa.

O governador Romeu Zema ressalta o compromisso com o estímulo ao desenvolvimento por meio do incentivo ao turismo, setor que movimenta a economia e gera empregos para os mineiros. “Com mais um importante voo internacional, Minas amplia a sua conectividade, facilitando tanto a ida dos mineiros para a Argentina, como também trazendo diretamente mais pessoas para o destino Minas Gerais. Tudo isso só é possível com trabalho e atuação conjunta do Governo de Minas com parceiros estratégicos”, completa.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) Leônidas Oliveira, que fez o anúncio oficial das duas novas rotas na sexta-feira (29/9), último dia da Abav Expo 2023, no Rio de Janeiro, destaca a ampliação no número de destinos, agora quatro vez maior.

“Começamos 2023 com dois destinos internacionais (Lisboa e Cidade do Panamá) e vamos terminar o ano com oito (Lisboa, Panamá, Bogotá, Fort Lauderdale, Orlando, Curaçao, Santiago e Buenos Aires). Isso mostra como Minas Gerais é um destino que tem sido cada vez mais buscado pelos estrangeiros. Crescemos 103% acima da média nacional na atividade turística no último ano, e todo esse crescimento impulsiona a geração de emprego e renda, a meta maior do Governo do Estado”, diz o secretário.

O gestor de Conectividade e Aviação do BH Airport, Clayton Begido, destaca a posição do terminal como um dos três principais hubs de destinos do Brasil. “Buenos Aires é o primeiro destino internacional de muitos brasileiros e já era um desejo antigo dos mineiros. Realizar essa rota com a Gol é uma oportunidade ímpar de estreitar os laços e fortalecer a parceria. Essa é uma notícia a ser celebrada pelo estado de Minas Gerais, que fica cada vez mais internacional e mais acessível para turismo, geração de oportunidades e negócios”.

 

Aeronave Gol no Aeroporto Confins MG

 

Tax Free

Outra boa notícia que fortalece Minas internacionalmente é a aprovação do “Tax Free” pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Com essa medida, os estados poderão equiparar as compras realizadas por turistas estrangeiros à exportação, para fins de ICMS, devolvendo o valor do imposto aos viajantes que não moram no Brasil. “Esta inciativa é extremamente importante para internacionalizar o nosso turismo”, afirma Leônidas Oliveira.

Missões internacionais na Argentina e Chile

Como parte do programa Mais Turistas, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo embarcou no sábado (30/9) em uma nova missão internacional para a Argentina, onde participa da Feira Internacional de Turismo (FIT) Buenos Aires, uma das maiores feiras da América Latina. A inauguração do voo direto da Gol está entre os atrativos promovidos pelo Governo de Minas, juntamente com os encantos já tradicionais do estado: a cozinha mineira, a natureza, o turismo cultural e religioso.

O estado estará presente no estande da Embratur. No local, o chef Felipe Rameh – curador do 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea-Capiblue – fará um cooking show apresentando um pouco da Nova Cozinha Mineira. Entre as criações estarão canapés de ovinho de codorna e queijo Minas; de melancia, queijo de cabra, broto de coentro e pimenta; e de suflado de tapioca, creme azedo, peixe defumado e dill. Para fechar, o chef vai preparar a famosa goiabada frita que compõe o menu do restaurante Tragaluz em Tiradentes.

“Cozinha é política de estado em Minas. Estamos promovendo e incentivando festivais e, com isso, incentiva-se também o consumo de produtos da agricultura familiar, do turismo de base comunitária, movimentando toda a cadeia”, comenta o secretário Leônidas Oliveira, que estará presente na FIT Buenos Aires.

Da capital argentina, a Secult segue para Santiago, no Chile, junto com a equipe do BH Airport, para lançar a conexão direta entre BH e a capital chilena. A viagem acontece três semanas antes do voo de estreia da Latam entre Belo Horizonte e Santiago, servindo como oportunidade para promover o nosso estado. Lá, a proposta é apresentar os atrativos turísticos mineiros aos operadores de turismo locais, ensinando-os a vender nossos destinos. Serão exibidos nossos melhores queijos, cafés e quitandas. Também acontecerá um café com jornalistas e operadores de turismo do país, a fim de estreitar os laços e ampliar as possibilidades de negócios.

Governo Estadual e Ministério Público de Minas Assinam Protocolo de Intenções Para Restauro do Palacete Dantas

Palacete Dantas em Belo Horizonte

 

BELO HORIZONTE [ ABN NEWS ] — O Palacete Dantas, que integra o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça da Liberdade, será reaberto ao público em 2024. O anúncio foi realizado nesta quarta-feira (20), durante solenidade em que o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), assinou com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) um protocolo de intenções sobre o projeto de conservação e restauro do edifício.

O Palacete Dantas é tombado nas esferas estadual e municipal, sendo essa iniciativa também realizada com o apoio do município, por meio Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e da Fundação Municipal de Cultura (FMC).

O protocolo busca viabilizar a elaboração de projetos executivos de arquitetura, engenharia e complementares para a restauração e adaptação do Palacete Dantas. Os objetivos são proteger, conservar o patrimônio e tornar o espaço apto à fruição do público.

O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, explicou que o trabalho será custeado com recursos de medidas compensatórias ambientais direcionados pelo MPMG, dentro do programa Minas para Sempre. “Esses recursos serão repassados ao Iepha que será responsável pela restauração. Posteriormente, o Palacete ficará sob a custódia e os cuidados do Ministério Público. Nós não vamos fazer desta um museu ou um memorial do Ministério Público, embora haverá aqui algumas referências ao nosso trabalho. Nós queremos, sobretudo, que esse espaço seja usado para a fruição da população, e que os artistas, especialmente, os mais pobres, possam ter aqui um ambiente para expor os seus trabalhos”, completou.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, elogiou a atuação do MPMG em prol da revitalização dos patrimônios e reforçou a importância dessa ação para a preservação da história e da memória de Belo Horizonte.

“Essa ação do Ministério Público contribui para restaurar e recuperar a memória da Praça da Liberdade. Já não se trata mais de apenas um edifício. Ao lado do Palacete Dantas, temos o Palácio da Liberdade, onde já começaram as obras de restauração também a partir da parceria com o Ministério Público. Ambos os edifícios se encontram com problemas que exigem o cuidado necessário para que Minas Gerais continue tendo uma centralidade no âmbito da preservação do patrimônio, e possa atrair mais visitantes, o que contribui para gerar mais emprego e renda”, pontuou o secretário.

O Palacete Dantas

Projetado em 1915 pelo arquiteto italiano Luís Olivieri, o Palacete Dantas foi, originalmente, residência do engenheiro José Dantas, e abrigou a antiga sede da Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais. O edifício possui estilo eclético e chama a atenção pela fachada toda ornamentada. Sua planta se divide em dois pavimentos. Destinada a abrigar uma família grande, a área foi arquitetada com generosidade de espaços e requinte ornamental.

O prédio foi incluído no tombamento estadual pelo Iepha-MG do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça da Liberdade, em 1977. É também tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte como parte do Conjunto Urbano da Praça da Liberdade e Adjacências, pela Deliberação em 1994.

Conhecendo o Museu de Arte da Pampulha em Belo Horizonte

Museu de Arte da Pampulha em Belo Horizonte

Museu de Arte da Pampulha em BH

 

Quem passa pela região da Pampulha, certamente, já notou a beleza e singularidade de um dos principais cartões-postais da cidade de Belo Horizonte. Dentre as obras que compõem a paisagem, o Museu de Arte da Pampulha (MAP) se destaca em meio às demais estruturas que fazem parte do Conjunto Moderno da Pampulha. Com a forma retangular, o MAP é visto como uma caixa de vidro, composto ainda, por rampas que ligam o térreo ao salão.

Com a finalidade de ser um cassino, a estrutura foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer durante a gestão de Juscelino Kubitschek. O conjunto é formado ainda pela Igreja de São Francisco, Casa do Baile, Iate Tênis Clube e Casa de Juscelino Kubitschek, e tornou-se, em julho de 2016, Patrimônio Cultural da Humanidade, título emitido pela Unesco. Mas, diferente do que foi previamente projetado, e com a proibição dos jogos de azar no Brasil, em 1946, o prédio ficou desativado por aproximadamente dez anos. Então, em 1957 o local tornou-se o Museu de Arte da Pampulha.

Com exposições de arte que acontecem no Salão Nobre, no mezanino e no auditório, quem visita o MAP encontra várias opções para se divertir, e as escolhas vão desde exposições internas ao jardim, que fica na parte externa da estrutura. No local, é possível aproveitar ainda o clima de tranquilidade, em que, na maioria das vezes, só é interrompido pelo som dos passarinhos mesclado ao barulho de alguns veículos que passam ao redor da Lagoa da Pampulha. Além disso, é possível curtir a calmaria no Café do Museu, já que o espaço possui mesas do lado externo com vista para a Lagoa.

Os jardins que circundam o prédio foram criados por Roberto de Burle Marx, em que a característica principal do artista se baseava em formas e cores, que se misturam com plantas da flora brasileira. Além disso, é possível encontrar estátuas de Amilcar de Castro, Alfredo Ceschiatti, August Zamoyski, José Pedrosa e outros artistas.

De acordo com o museólogo Victor Louvisi, são esperados para 2018 muitos projetos para o local. “Este ano nós temos a questão do plano museológico, que é como se fosse um plano estratégico do museu. Vai ter também um seminário internacional sobre a Pampulha, que vai ser feito aqui, e a expectativa de que tenha o Bolsa Pampulha deste ano”, relata.

60 anos, museu + residência

No dia 12 de dezembro de 2017 o MAP completou 60 anos de muita história. E, como uma forma de celebrar a nova idade, o museu inaugurou uma exposição comemorativa. As obras expostas fazem parte das seis edições do programa Bolsa Pampulha, que foi criado em 2003. A proposta visa a residência artística, que permite aos artistas selecionados o desenvolvimento de trabalhos de pesquisa, além da criação de propostas exclusivas e produção de obras.

De acordo com o técnico em artes visuais Augusto Fonseca, a seleção das obras é feita por meio de críticos da área. “Os artistas enviam o projeto de pesquisa juntamente com o portfólio e a comissão de curadores escolhe. Eles ficam seis meses em residência em Belo Horizonte pesquisando, e o resultado é apresentado em uma exposição”, explica.

E quem visita a exposição está gostando do resultado. Segundo Tatiane dos Santos, que é do Rio de Janeiro, ela indicaria o local para outras pessoas visitarem, e conta ainda que soube do espaço por conta própria. “Eu pesquisei na internet, vi fotos do museu e quis vir conhecer. Estou gostando muito”, relata. Já Gabriel da Silva Oliveira, também carioca, afirma que o museu é um ótimo local para fazer fotos. “Eu indicaria as pessoas para vir conhecer e tirar fotos da Lagoa, que a vista é bem legal”, conclui.

Na mostra, que ficará exposta até o dia 4 de março, é possível encontrar obras e documentos diversos. São aproximadamente 50 trabalhos na exposição e o público pode visitar as obras de terça-feira a domingo de 9h às 18h30 e a entrada é gratuita.

Mais que um museu

Além da programação habitual, que é voltada para as exposições, o MAP apresenta ainda alguns diferenciais. O museu oferece ao público uma biblioteca que é especializada em artes visuais. No local, é disponibilizado um acervo que é composto por livros, periódicos, catálogos de exposições de artes e outras mídias digitais. De acordo com a bibliotecária Celeste Fontana, a biblioteca do MAP tem um usuário mais específico. “Aqui é uma biblioteca que disponibiliza informações mais voltadas para pesquisas e produção científica”, explica.

O empréstimo feito no local é especial, ou seja, para que as pessoas possam levar as obras para casa é preciso entregar no MAP um requerimento do orientador para que ele seja, indiretamente, responsável. Mas, ainda de acordo com a bibliotecária, quem se interessar pelo acervo pode fazer consultas no próprio local. “Além dessa opção, o acervo está sendo disponibilizado on-line no site para saber quais as obras disponíveis”. A novidade já pode ser acessada pelo site das Bibliotecas Municipais.

Outro setor que compõe o museu é o Centro de Documentação do MAP, o CEDOC. De acordo com a bibliotecária Dalba Costa, a função do espaço é zelar pela guarda da memória institucional e disponibilização de todo material produzido pelo museu, no sentido documental. “Tudo que o museu produz, como exposições, fotografias, projetos do Bolsa Pampulha, tudo fica concentrado aqui”, relata.

Há ainda o setor Educativo, que oferece oficinas aos visitantes. Durante todo o mês de fevereiro, o museu recebe uma mostra de fotos e curiosidades sobre o Carnaval de Belo Horizonte. A trajetória terá informações desde o primeiro baile carnavalesco até os dias atuais.