My Precious – Obras Que os Artistas Guardam Para Si revela acervo íntimo de artistas contemporâneos no Museu Mineiro

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Mostra Coletiva no Museu Mineiro reúne 28 artistas que destacam obras escolhidas como tesouros pessoais de suas trajetórias         BELO HORIZONTE —  O que um artista escolhe guardar para si mesmo? Que obra é tão especial que … Continue lendo

Exposição Artística de Caio Ronin Retrata Cotidiano Poético de Bairro de Santa Luzia

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  Exposição “Das Margens à Fonte”, que acontece em diálogo com a 23ª Semana Nacional de Museus, é tributo visual ao Bairro Nova Conquista e será aberta ao público nesta quinta-feira (15/05/2025), às 19h, com entrada gratuita.   BELO HORIZONTE … Continue lendo

Exposição “Preciosidades do Acervo: Oratórios” no Museu Mineiro mostra obras dos Séculos XVII a XIX

Mostra no Museu Mineiro exibe um conjunto de oratórios acondicionados na reserva técnica do museu, cujo valor estético impressiona pela riqueza de detalhes

 

BELO HORIZONTE [ ABN ] —  A partir desta quarta-feira (27), o Museu Mineiro joga luz em sua reserva técnica e apresenta ao público a exposição “Preciosidades do Acervo: Oratórios”. A mostra exibe, até 27 de abril, um conjunto de oratórios datados dos séculos XVII a XIX, cujo valor estético impressiona pela riqueza de detalhes, independentemente da fé professada pelos visitantes. “Preciosidades do Acervo: Oratórios” é mais do que uma exposição tradicional, é um programa expositivo que propõe trazer para deleite do público peças do acervo do Museu Mineiro que estão acondicionados na reserva técnica por diversas razões, sejam elas por escolhas curatoriais ou pelo estado de conservação.

“É sempre uma experiência gratificante para a equipe do museu poder expor objetos que estiveram guardados por algum tempo. Uma exposição é sempre uma oportunidade de trazer ao público parte do conhecimento e da experiência que estiveram restritas aos profissionais do museu ou a estudiosos do acervo”, diz Vinícius Duarte, historiador e coordenador do Museu Mineiro. “Preciosidades do Acervo: Oratórios” faz parte da programação do Minas Santa 2014, realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo.

Nesta exposição, os oratórios se projetam com o protagonismo que lhes é devido, apesar de serem considerados por alguns como mero complemento de imagens e conjuntos de arte sacra. A mostra se configura, de certa forma, como uma extensão da exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, estabelecendo um diálogo com a coleção de imaginária religiosa exposta na sala das colunas.

Oratórios centenários com diferentes formatos e finalidades

Os oratórios podem assumir diversos formatos em função da finalidade para os quais foram produzidos. Os oratórios de tipo maquineta se apresentam sob a forma de caixas retangulares lisas ou chanfradas, produzidos em madeira e vidro, e decorados externamente com elementos curvilíneos e rocalhas. O interior desses oratórios é geralmente policromado e pode apresentar subdivisões em níveis: na base, apresentam uma cena da natividade ou presépio e, na parte superior, a representação do calvário. Em alguns casos, trazem ainda imagens dos santos de devoção pessoal de seus antigos proprietários. Há, ainda, o oratório de salão, espécie de móvel desenvolvido para ser colocado sobre uma mesa, prestando-se a atender às demandas de devoção familiar. São oratórios de grandes proporções que se assemelham a retábulos, podendo apresentar um sacrário e nichos para a inserção de santos.

Nesta exposição, a equipe curatorial formada por Vinícius Duarte, Saulo Marques e Deise Silveira, funcionários e pesquisadores do acervo do museu, optou por não inserir santos nos nichos dos oratórios de salão. A proposta é possibilitar a apreciação do oratório per se, incitando os visitantes a observarem detalhes da confecção destes objetos, tanto da fatura da madeira quanto da policromia que apresentam em seu interior ou externamente.

A reserva técnica de um museu: finalidades e desafios

A reserva técnica do Museu Mineiro reúne centenas de objetos de diferentes tipologias: pinturas, gravuras, desenhos, medalhas, moedas, esculturas, móveis, objetos de uso pessoal, achados arqueológicos e uma infinidade de outras peças. Muitos destes objetos já estiveram expostos em outras circunstâncias, tanto no Museu Mineiro quanto em outras instituições congêneres do Brasil e do exterior que, vez por outra, solicitam peças para compor exposições temáticas em suas galerias. O fato de um objeto do acervo não estar exposto não quer dizer, em definitivo, que ele não tenha valor histórico, artístico ou cultural. Pelo contrário, muitas vezes, objetos excessivamente preciosos ou delicados podem não figurar numa mostra justamente por exigir, por exemplo, equipamentos que reproduzem condições climáticas e de luminosidade muito diferentes daquelas do ambiente natural.

“Várias razões levam esses objetos a não estarem em exposições de longa duração: seu estado de conservação, a falta de espaços expositivos suficientes para expor todo o acervo, o fato de não terem sido selecionados pela curadoria para compor a mostra ou o fato de não dialogarem diretamente com esta ou aquela proposta expositiva, por exemplo”, explica Vinícius Duarte.

Conheça o Museu Mineiro

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcarde Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés e Di Cavalcanti, entre outros.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Aleijadinho e a coleção de santos de devoção popular.

 

 

Serviço:

Exposição “Preciosidades do acervo: Oratórios”

De 27 de março a 27 de abril de 2024

Sala das Sessões do Museu Mineiro Endereço (Av. João Pinheiro, 342 – Funcionários – Belo Horizonte MG)

Horário de funcionamento: Terça a Sexta, das 12h às 19h; Sábados e Domingos, das 11h às 17h

Mostra que Celebra o Centenário do Gravurista Poty Lazzarotto no Museu Casa Guimarães Rosa

Exposição de Fábio Brasileiro dá início às comemorações dos 50 Anos do Museu Casa Guimarães Rosa localizado em Cordisburgo, cidade natal de Guimarães Rosa

 

BELO HORIZONTE [ ABN ] —  O Museu Casa Guimarães Rosa, que completa 50 anos no dia 30/03, deu início às celebrações referentes à data e inaugurou, no dia 14/03, durante a 6ª edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas, a exposição “Poty Lazzarotto nas artes em argilogravura: um passeio pela literatura de Guimarães Rosa a partir da arte em cerâmica”, do artista e educador Fábio Brasileiro. A mostra pode ser vista até dia 28/04 e é uma homenagem ao centenário de Poty Lazzarotto, gravurista que criou as ilustrações para os principais livros de Guimarães Rosa entre os anos de 1956 e 1983.

A união entre a cerâmica e a literatura convida os visitantes a explorarem as metáforas do fogo, da luz e da iluminação presentes na literatura de João Guimarães Rosa, através das argilogravuras inspiradas nas ilustrações de Poty Lazzarotto.

São peças únicas que evidenciam as conexões entre o “texto-escrito” de Guimarães Rosa e o “texto-desenho” de Poty Lazzarotto, elementos indissociáveis para a compreensão da obra do escritor roseano, na perspectiva do ceramista Fábio Brasileiro, autor da mostra: “Para mim, as ilustrações de Poty compõem o corpo das mensagens de Guimarães, sem as quais não seria possível entender com profundidade o universo de sua obra”.

Todas as obras da exposição estão disponíveis ao toque para as pessoas com deficiência visual. A proposta é que por meio da experiência sensorial elas possam ampliar a experiência de leitura da obra roseana, conhecendo o texto e as estórias, além das ilustrações feitas para “Sagarana”, publicado em 1946, que atualmente não são mais publicadas em livro.

Poty Lazzarotto

Poty, como assinava seus trabalhos, foi um dos grandes gravadores de sua época, além de desenhista, ceramista e muralista. Com Guimarães Rosa, criou as ilustrações para os principais livros do escritor, lançados pela Livraria José Olympio Editora, entre os anos de 1956 e 1983.

Museu Casa Guimarães Rosa

Inaugurado em 1974, o Museu Casa Guimarães Rosa está localizado na cidade de Cordisburgo (MG), sendo uma instituição dedicada à preservação da memória biográfica e literária de um dos maiores escritores da literatura nacional. Os documentos, fotografias e objetos do acervo do Museu refletem aspectos da vida pessoal de Guimarães Rosa, além de sua atuação profissional como médico, escritor e funcionário do Ministério das Relações Exteriores.

O Museu Casa Guimarães Rosa está instalado na casa onde Guimarães Rosa nasceu e viveu os primeiros anos de sua infância (1908 – 1917). O edifício é composto pela residência onde a família Guimarães Rosa habitava e pela venda mantida pelo pai do escritor, “seu” Florduardo, ou simplesmente “seu Fulô”.

No Museu, o visitante tem a oportunidade de conhecer o universo mágico do sertão mineiro, onde Guimarães Rosa nasceu e se formou. Da infância na “Venda do Seu Fulô”, onde ouvia as histórias fantásticas dos vaqueiros e fregueses de seu pai, à atuação como Cônsul no Rio de Janeiro, Hamburgo, Bogotá e Paris, a vida do escritor está retratada no acervo, nas exposições e nas ações que o Museu desenvolve.

Atualmente, o Museu Casa Guimarães Rosa exibe a exposição de longa duração Rosa dos Tempos, Rosa dos Ventos, que proporciona uma imersão nos espaços residenciais da Família Guimarães Rosa e na literatura de seu membro mais ilustre. O universo rosiano e sertanejo se mesclam oferecendo ao público uma mostra da genialidade de Guimarães Rosa como escritor, médico, cônsul, pai, filho, marido e membro da Academia Brasileira de Letras.

Noite Mineira de Museus e Bibliotecas

A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas é uma ação realizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG), por meio da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e da Diretoria de Museus (DIMUS). A edição de estreia de 2024 aconteceu no dia 14/3), com uma programação gratuita em equipamentos culturais de todo o estado.

A iniciativa propõe a extensão do horário de funcionamento dos equipamentos culturais em Minas Gerais, uma vez ao mês, para que os visitantes que trabalham ou estudam em horário comercial tenham a oportunidade de participar de exposições, saraus literários, clubes de leitura, encontros com escritores/as, oficinas de arte, exibições de vídeos, instalações culturais, performances artísticas, shows, apresentações de dança, espetáculos teatrais, realização de empréstimo de livros, dentre outras atrações, durante a semana.